Cuidados com a pele infantil: dos 2 aos 10 anos
A pele da criança de 2 a 10 anos já não é tão sensível quanto a pele do bebê. Ela é mais firme, resistente e um pouco menos hidratada. Além disso, a exposição solar já começa a ficar evidente nas pequenas sardas e manchas. É por isso que, hoje, vamos falar sobre cuidados com a pele infantil.
Durante a meninez, o uso de protetor solar é essencial, principalmente naquelas crianças que passam muito tempo ao ar livre. Além de terem a pele mais suscetível aos danos do sol, o efeito dos raios UV é cumulativo e pode ter graves consequências na idade adulta.
Radiação ultravioleta
Existem dois tipos de raios UV: UVA e UVB. Estamos expostos a eles diariamente, seja dentro ou fora de casa.
Os raios UVA são os responsáveis pelo bronzeado da pele, mas também pelas rugas e manchas. Eles conseguem atravessar as nuvens e não são totalmente bloqueados pelo filtro solar.
Já os raios UVB são responsáveis pelas queimaduras solares e aumentam o risco de câncer de pele. Sua incidência é maior entre 10 e 16h.
Selecione sempre um protetor solar de amplo espectro, que proteja o pequeno contra os raios UVA e UVB.
Composição dos protetores solares
Atualmente, existe uma preocupação crescente com a composição dos protetores solares e com a potencial toxicidade de alguns agentes, que seriam capazes de provocar alergias e alterações hormonais.
Existem basicamente dois tipos de compostos nos protetores solares: bloqueadores físicos e absorventes químicos.
Os bloqueadores físicos criam uma barreira física entre a pele e os raios UV. Os compostos mais utilizados, e considerados seguros, são:
- dióxido de titânio;
- óxido de zinco.
Os absorventes químicos absorvem os raios UV antes que cheguem à pele. Alguns exemplos são:
- oxibenzona;
- avobenzona;
- homosalato;
- octinoxate.
IMPORTANTE: os bloqueadores físicos dióxido de titânio e óxido de zinco são considerados seguros. O ácido aminobenzóico (PABA) e o salicilato de trolamina são considerados não seguros e devem ser evitados.
Dicas na escolha do filtro solar
- Dê preferência aos produtos contendo óxido de zinco, dióxido de titânio, avobenzona e Mexoryl SX;
- evite produtos contendo oxibenzona e octinoxate (risco de alergia e alterações hormonais);
- evite utilizar protetores solares que contêm repelente de insetos. Eles devem ser comprados separadamente, pois a quantidade indicada para o uso de cada um deles é muito diferente;
- opte por produtos de amplo espectro, resistentes à água e com FPS entre 30 e 50.
Os problemas de pele mais comuns em crianças de 2 aos 10 anos
Queimadura solar
Para aliviar as queimaduras de sol, são indicados banhos ou compressas frias e hidratação da pele. Se surgirem bolhas, elas nunca devem ser retiradas, pois protegem a pele de possíveis infecções.
O dano causado pelo sol é cumulativo e crianças que tiveram mais de 5 queimaduras durante a infância têm risco aumentado de desenvolver câncer de pele.
Verrugas
O início da socialização traz o risco de doenças contagiosas, como as verrugas causadas pelo HPV. Elas são transmitidas pelo contato direto com pessoas infectadas.
Algumas verrugas podem involuir espontaneamente, mas, se persistirem, o dermatologista deve ser consultado. Atenção: não tente tratá-las sozinho com remédios, ou formulações caseiras, combinado?
Molusco contagioso
Da mesma forma que as verrugas, o molusco é transmitido pelo contato direto. Formam-se pequenas lesões avermelhadas com uma depressão central típica.
O tratamento está indicado para evitar que as lesões se espalhem e sejam transmitidas a outras pessoas.
Micose
A micose é caracterizada por manchas escamosas, vermelhas e com centros claros, e pode aparecer em qualquer parte do corpo. O risco de contraí-la aumenta se a criança:
- tem falta de higiene;
- vive em regiões de clima quente;
- tem contato com outras crianças ou animais de estimação que têm micose;
- tem sua imunidade comprometida por alguma doença ou medicamento.
A micose localizada no corpo, virilha e pé geralmente é tratada com um agente antifúngico tópico, ou um medicamento antifúngico oral.
Pitiríase rósea
A pitiríase rósea é uma condição comum na infância que provoca a escamação, vermelhidão e inflamação da pele. Pode durar de quatro a oito semanas, mas geralmente não deixa marcas duradouras.
Sua causa ainda é desconhecida e, normalmente, a doença desaparece por si só depois de algum tempo. O objetivo do tratamento, na verdade, é aliviar os sintomas associados a ela, como o prurido e a escamação, por exemplo. Isso pode ser feito por meio de loções, cremes, medicamentos via oral, banhos e compressas frias, e exposição aos raios ultravioleta (sob supervisão médica).
Enfim…
Viu como os cuidados com a pele infantil não exigem muitos malabarismos? Tudo que você precisa fazer, basicamente, é protegê-la do sol do jeito certo e com os produtos indicados, e pronto!
Além disso, conhecer um pouco sobre os problemas de pele mais comuns em crianças ajuda demais a entendê-los melhor e, claro, preveni-los!
No mais, lembre-se de ficar atento à composição dos filtros solares, redobre a proteção do pequeno em dias de sol com chapéus e roupinhas capazes de bloquear os raios UVA e UVB, e compre os repelentes à parte!
E aí, você quer cuidar da pele do seu filho? Basta marcar uma consulta comigo clicando aqui que, juntos, vamos encontrar a melhor forma, combinado?