Os procedimentos estéticos, assim como as cirurgias plásticas, a depender do ponto de vista, são vistos com certo preconceito por várias pessoas. Afinal, “antes envelhecer com dignidade e viver amando e aceitando suas falhas, do que ficar com o rosto todo esticado e sem expressão”, não é mesmo?
Contudo, o que significa, de fato, “envelhecer com dignidade” quando se vive em uma sociedade extremamente cerceada por padrões de beleza impossíveis? Ou melhor: que outras referências nós temos para além dos corpos e rostos perfeitos incessantemente presentes nas capas de revistas, nos programas de TV, nos videoclipes e nas redes sociais?
E aí, nos deparamos com o pior dos paradoxos. Se a cantora que faz mais sucesso é aquela que não tem um centímetro de celulite no corpo, e o ator que “envelhece bem” é aquele que tem pouquíssimas rugas e uma barba perfeitamente desenhada, por que diabos nós, “meros mortais”, não deveríamos buscar por isso também?
Bem… primeiramente, porque nada disso é real.
A perfeição, na verdade, não existe
A beleza que a maioria de nós julga como “natural” é, na verdade, maquiada por uma série de filtros, retoques e muita técnica de luz e sombra. E, pior: aquele influencer que jura ter emagrecido por meio de uma dieta milagrosa, por exemplo, submeteu-se secretamente a uma lipoaspiração. Ele só não te contou.
Pensando nisso, hoje separei um tempo para ter uma conversa séria com vocês sobre o universo dos procedimentos estéticos e a forma como eles deveriam ser utilizados A FAVOR da nossa autoestima. Vamos lá?
Primeiramente: por que nós prezamos por aquilo que é belo?
Porque isso é natural. O conceito de beleza vem da capacidade do nosso cérebro de admirar aquilo que é harmônico. Harmonia, basicamente, diz respeito a tudo aquilo que é simétrico, milimetricamente calculado e sem falhas. Tudo nela faz sentido.
É por isso que a tendência do ser humano, por exemplo, é enaltecer a perfeição em todos os seus aspectos. E é por isso, também, que figuras tão delicadas e trabalhadas como as estátuas gregas, ou as arquiteturas neoclássicas, são extremamente contempladas por nós.
Então, quando levamos essa discussão para o universo da estética e da autoestima, um rosto/corpo belo é aquele harmônico, delicado e sem falhas. Todos os seus elementos, logicamente, são proporcionais entre eles e, em conjunto, formam uma “obra divina”, ou melhor, o verdadeiro Homem Vitruviano.
Pena que isso é impossível, não é mesmo?
E onde a autoestima entra nisso?
Oras, se a perfeição não existe, porque nós somos constantemente cobrados e incentivados, então, a alcançá-la? Por que que, no lugar disso, não somos ensinados a exaltarmos as nossas qualidades, ao invés de escondermos as imperfeições?
Se nossa autoestima não fosse constantemente minada por padrões estéticos pré-estabelecidos e impossíveis, seria muito mais fácil entender aquilo que nos agrada, e aquilo que nos incomoda em nós mesmos. E, melhor que isso: poderíamos mudar esses pormenores sem que milhões de dedos estivessem apontados em nossa direção.
Como aliar a estética ao bem-estar de uma forma saudável?
Você com certeza sabe que, no fim do dia, quem tem que se sentir satisfeito com a própria aparência é você mesmo(a). Então, se isso significa um preenchimento facial aqui, ou um laser para diminuir as ruguinhas acolá, que seja. O importante é que essa decisão seja consciente e responsável, e não influenciada pela opinião do outro.
Todos os procedimentos dos quais converso incansavelmente em meu blog são excelentes alternativas para levantar a sua autoestima e ressaltar aquilo que há de mais belo em você. Porém, NENHUM deles tem como objetivo alcançar a perfeição. Afinal, ela não deveria ser nosso alvo nunca.
Além disso, não mire em cirurgias de nariz, preenchimentos labiais, harmonizações faciais e outras alternativas com o propósito de “ficar mais parecida(o) com fulano de tal”. Ao invés disso, procure por soluções que fazem de você um ser ainda mais único.
Quando enxergamos os procedimentos estéticos e as cirurgias plásticas por esse ângulo, tudo faz muito mais sentido. Quantas pessoas se sentiram completamente realizadas quando operaram o nariz, por exemplo, e finalmente conseguiram contemplar a imagem que viam no espelho?
Trazer sentimentos como estes aos meus pacientes é o que eu procuro e, digo mais: quando os resultados são favoráveis, não há melhor sensação no mundo. A imagem que nós construímos de nós mesmos vale muito mais do que aquela que fazem a partir de breves impressões nossas.
Então…
Caso você queira se submeter a algum procedimento estético para aumentar sua autoestima, o primeiro passo é pesquisar! Navegue pelo meu site, entenda quais são as opções disponíveis e analise cada uma delas cuidadosamente.
Além disso, lembre-se de fazer essa mudança para si mesma, e mais ninguém!
Um abraço, e até a próxima!