Unhas encravadas: o que você precisa saber

Só quem já teve uma unha encravada (nas mãos, ou nos pés) sabe o quanto essa situação é desconfortável. Tarefas cotidianas, como digitar algo, lavar a louça, tomar banho, caminhar ou colocar um sapato fechado se tornam, às vezes, insuportáveis!

Isso já aconteceu, infelizmente, com pelo menos 80% das pessoas que você conhece (é, pois é). Além disso, arrisco dizer que pelo menos 10% delas precisaram remover as unhas encravadas cirurgicamente.

Isso acontece porque, sejamos sinceros, não é todo mundo que sabe como as unhas se encravam e, pior: tentam resolver o problema por conta própria, o que torna a situação ainda mais grave.

Levando tudo isso em conta, meu objetivo hoje é te contar tudo o que você precisa saber sobre esse quadro e, principalmente, o que deve ser feito para revertê-lo. Vamos lá?

Afinal: o que é a unha encravada?

A unha encravada, também conhecida como onicocriptose, é uma condição em que um canto afiado da unha, ou as bordas desta, crescem e “escavam” a pele. É muito comum, bastante incômodo e potencialmente grave.

Causas

Muitos fatores podem desencadear em uma unha encravada. São alguns deles:

  • cortar as unhas dos pés incorretamente (o correto é apará-las em corte reto);
  • manter as unhas (dos pés e das mãos) irregulares e curvas;
  • crescimento muito rápido ou muito lento das unhas;
  • usar calçados e acessórios que exercem muita pressão sobre os dedos dos pés;
  • roer as unhas das mãos;
  • trauma (quebrá-las, deixar algo pesado cair sobre elas etc);
  • higiene inadequada;
  • predisposição genética;
  • usar os pés e as mãos extensivamente durante atividades atléticas como ballet, boxe, futebol, corrida etc.

Sintomas

As unhas encravadas costumam ser dolorosas e, quando não tratadas corretamente, pioram progressivamente.

Em seu estágio inicial, os sintomas de uma unha encravada incluem:

  • rigidez e inchaço da pele que fica próxima à unha;
  • dor na região, principalmente quando é colocada pressão sobre ela;
  • acúmulo de líquido ao redor da unha encravada.

Se o quadro avançar para uma infecção, é provável que o paciente sinta:

  • vermelhidão e inchaço ao redor da unha acometida;
  • dor;
  • sangramento;
  • pus;
  • crescimento excessivo de pele ao redor do dedo do pé.

Complicações

Se não tratada, a unha encravada pode causar uma infecção nas dobras dos tecidos localizados ao redor desta (chamada paroníquia), ou até mesmo nos ossos dos dedos (osteomielite).

Além disso, uma unha infectada pode levar à úlceras ou feridas abertas e, consequentemente, à perda de fluxo sanguíneo na região afetada. Esse quadro, por sua vez, pode provocar a necrose dos tecidos no local acometido.

Detalhes que merecem a sua atenção:

Uma infecção no pé pode ser mais grave se você tiver diabetes. Mesmo um pequeno corte, arranhão ou unha encravada pode ser rapidamente infectado devido à falta de fluxo sanguíneo e inervação nessa área.

Além disso, se você tem uma predisposição genética para as unhas encravadas, elas podem voltar ou aparecer em vários dedos ao mesmo tempo. Logo, sua qualidade de vida pode ser afetada por dores, infecções e outros problemas que, dependendo do caso, podem requerer vários tratamentos ou cirurgias.

Diagnóstico

Geralmente, um profissional da área de saúde conseguirá diagnosticar as unhas encravadas apenas por meio de exame físico. Além disso, caso haja uma infecção na região, um raio-x pode ser solicitado para mostrar a profundidade da unha na pele.

Tratamentos

Geralmente, as unhas encravadas que não estão infectadas podem ser tratadas de forma caseira. No entanto, se a unha tiver perfurado a pele, ou houver sinais de infecção, não hesite em procurar pela ajuda de um médico.

Os tratamentos caseiros incluem:

  • mergulhar os pés em água morna por cerca de 15 a 20 minutos, três a quatro vezes por dia;
  • usar medicamentos para a dor (como o paracetamol, por exemplo).

Procedimentos em consultório

Se a unha do pé não responder a tratamentos caseiros, ou ocorrer uma infecção, você poderá precisar de algum dos seguintes procedimentos:

  • remoção parcial das unhas: envolve apenas a retirada do pedaço de unha que está encravada na sua pele. Aqui, após anestesia local, o profissional remove os lados da unha até que as bordas fiquem completamente retas. Um pedaço de algodão é colocado sob a porção restante para que a unha não se encrave novamente.
  • remoção total da unha: geralmente usada quando a unha encravada é causada por espessamento. Aqui, o médico também irá administrar uma anestesia local e removerá toda a unha em um procedimento chamado matricectomia.
  • drenagem: se a unha encravada tiver se transformado em um abscesso, o médico precisará drená-lo por meio de uma pequena incisão no local.

Por fim: como prevenir as unhas encravadas?

As unhas encravadas podem ser evitadas por meio de mudanças no estilo de vida como, por exemplo:

  • cortar as unhas em linha reta, e certificar-se de que as suas bordas não se curvem;
  • evitar cortar as unhas muito curtas;
  • não roer as unhas;
  • usar sapatos, meias e luvas confortáveis, que não exerçam pressão nas pontas dos dedos;
  • manter a higiene das unhas das mãos e dos pés em dia.

E aí, você está com alguma unha encravada bem desconfortável, e quer retirá-la do jeito certo? É só marcar uma consulta comigo clicando aqui que, juntos, vamos encontrar a melhor forma de tratá-la, combinado?

Fábio Gontijo - Doctoralia.com.br

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