Melanoma: o que você precisa saber sobre ele?

O Melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele. Basicamente, ele é um tumor que se desenvolve nos melanócitos, nossas células produtoras de melanina (responsáveis pela cor de nossa pele).

Apesar de raro (representa apenas 5% dos casos diagnosticados dessa doença), é considerado o tipo mais agressivo de todos por ter uma grande capacidade de se multiplicar no organismo, podendo se espalhar para outros órgãos como o fígado, pulmões e cérebro.

Ele costuma ocorrer em qualquer idade e, infelizmente, pode ser fatal. Para se ter ideia, apenas no Brasil mais de 5 mil casos de Melanoma são diagnosticados todos os anos, sendo que são registradas quase 1600 mortes anuais. E isso não sou eu quem está falando, mas sim o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Por fim, além da pele, esse tumor também pode se formar nos olhos e, mais raramente, em órgãos internos, como nos intestinos.

Sintomas

Como já expliquei, os melanomas podem surgir em qualquer parte do corpo. Eles aparecem em forma de pintas, manchas e sinais e são mais comuns em áreas que ficam expostas ao sol, como as costas, pernas, braços e rosto.

Quase sempre surgem como lesões cutâneas enegrecidas ou de várias cores. Na maioria dos casos, os próprios pacientes ou pessoas próximas conseguem notá-los.

Quando suspeitar que uma lesão é, de fato, um melanoma?

Para reconhecer os sinais perigosos nas lesões de pele, usamos a regra do ABCDE:

ASSIMETRIA

  • Assimétrico: maligno
  • Simétrico: benigno

BORDA

  • Irregular: maligno
  • Regular: benigno

COR

  • Dois tons ou mais: maligno
  • Tom único: benigno

DIMENSÃO

  • Maior que 6mm: provavelmente maligno
  • Menor que 6mm: provavelmente benigno

EVOLUÇÃO

  • Lesão que cresce e muda de cor: provavelmente maligna

Caso você tenha notado um ou mais desses sinais, é importante consultar um dermatologista, combinado?

E outra dica: NUNCA faça uma tatuagem sobre uma pinta, pois ela dificulta o acompanhamento da lesão.

Lesões em locais “escondidos”

O aparecimento do melanoma em locais como as costas, pescoço, ou mesmo no couro cabeludo, constitui um desafio ainda maior para o diagnóstico precoce. Por isso, além do auto exame, uma consulta periódica ao dermatologista é importante para a prevenção.

No caso de lesões no couro cabeludo, o cabeleireiro pode ser um grande aliado. Bons profissionais estão sempre atentos a pintas e manchas e, se necessário, orientam seus clientes a buscar uma avaliação.

Fique atento também a áreas do corpo que não são necessariamente expostas ao sol, como as solas dos pés, as palmas das mãos e debaixo das unhas. Melanomas podem surgir também nestes locais.

Causas

Lembra que te contei que o melanoma é um tipo de câncer derivado das células que dão cor à nossa pele?

Pois é. Não é de se espantar, então, que fatores genéticos e ambientais podem ser responsáveis por uma série de alterações no DNA das células. Por causa disso, ao invés de crescerem de forma ordenada, elas passam a se multiplicar desordenadamente, gerando o tumor.

Além disso, o fator causal mais associado ao aparecimento do melanoma é a exposição à radiação ultravioleta (UV), proveniente da luz solar e daquelas lâmpadas de bronzeamento artificial.

Fatores de Risco

Como os tumores podem surgir em áreas do corpo que não são expostas à luz solar, é possível afirmar que a luz ultravioleta, mesmo sendo a mais provável causa para o desenvolvimento de melanomas, não é a única.

Outros fatores que podem aumentar o risco para melanoma são:

Pele clara: além de cabelos loiros ou ruivos, olhos claros e sardas

Ter menos pigmentação (melanina) em sua pele significa que você possui menor proteção contra os danos provocados pela radiação UV do que em pessoas que têm a pele mais escura.

Um histórico de queimaduras solares

Uma ou mais bolhas causadas por queimaduras solares graves podem aumentar o risco de melanoma.

Exposição excessiva à luz ultravioleta (UV)

A exposição à radiação UV pode aumentar o risco de câncer de pele.

Viver em locais perto da linha do equador ou em altas altitudes

Os raios solares incidem mais diretamente nessas localidades. Portanto, pessoas que vivem nesses lugares são mais expostas à radiação UV.

Ter muitos sinais ou manchas incomuns espalhados pelo corpo

Possuir mais de 50 manchas ou sinais comuns em seu corpo pode ser um indicador de risco de melanoma.

Além disso, a presença de manchas incomuns, conhecidas como nevos displásicos, também indica um risco aumentado para a doença.

Histórico familiar de melanoma

Caso algum parente próximo, como um pai, filho(a) ou irmão(ã), tenha tido melanoma, são maiores as chances de desenvolvimento do tumor.

Sistema imune enfraquecido

Pessoas que têm o sistema imune enfraquecido, como as que passaram por transplantes de órgãos, por exemplo, possuem maior risco de desenvolver a doença.

Tratamento

Caso o melanoma seja diagnosticado precocemente, as chances de cura são grandes: mais de 90% dos casos. Os procedimentos médicos incluem cirurgia, imunoterapia, radioterapia, terapia alvo e quimioterapia. Então, sem neura!

O sucesso desse tratamento depende da profundidade do tumor, que em sua fase inicial não passa de 2 milímetros. Lesões com tamanho maior do que 4mm têm maior chance de invadir estruturas vizinhas e gerar metástases, reduzindo as chances de cura.

Prevenção

A principal forma de prevenir o melanoma é se proteger dos raios ultravioleta. Ainda assim, é possível reduzir os riscos de desenvolver a doença com as seguintes medidas:

1. Evite tomar sol durante o meio do dia

Os raios solares incidem de maneira intensa entre as 10 e 16 horas. Planeje suas atividades ao ar livre para outros horários, mesmo no inverno ou em dias nublados, afinal, as nuvens oferecem pouca proteção contra os danos causados pelos raios UV.

2. Use protetor solar

Protetores solares não filtram toda a radiação UV, mas desempenham um papel importante no planejamento de proteção.

Use protetor solar de amplo espectro, à prova d’água e que tenha um FPS (Fator de proteção solar) de pelo menos 30 unidades. Aplique-o sobre a pele generosamente e reaplique a cada 2 horas ou em menos tempo, caso você esteja nadando ou suando muito.

3. Use roupas protetoras

Você sabia que os protetores solares não conseguem bloquear completamente a radiação ultravioleta? Pois é, mas sem neuras. Existem hoje roupas e chapéus fabricados com tecidos bloqueadores de raios UV, que contribuem muito na proteção da pele.

Além disso, nunca subestime um bom chapéu de abas largas e, claro, os óculos de sol (use somente aqueles que possuem lentes que bloqueiam os raios UVA E UVB, ok?).

4. Evite câmaras de bronzeamento

Elas possuem lâmpadas que emitem raios UV e, comprovadamente, aumentam o risco de câncer de pele.

5. Examine regularmente sua pele (para que você perceba as mudanças)

Tire um tempo do dia para examinar cuidadosamente o seu corpo. Use espelhos para investigar as regiões mais “escondidas”, por assim dizer. Busque por quaisquer mudanças suspeitas, principalmente em marcas e sinais já existentes.

Não se esqueça de investigar as áreas do seu corpo onde o sol não incide, como: os genitais, as plantas dos seus pés, as palmas das mãos etc.

E aí, você está com alguma pinta/mancha estranha na pele, e quer saber o que ela pode ser? Basta marcar uma consulta comigo clicando aqui que, juntos, vamos encontrar a melhor forma de tratá-la, combinado?

Fábio Gontijo - Doctoralia.com.br

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